Homem Ataca Equipe da Globo ao Ser Flagrado Vendendo Água de Doação ao RS

No Rio Grande do Sul, um incidente revoltante destacou a desonestidade em meio às ações solidárias destinadas a ajudar a população afetada. No domingo (27/05), uma reportagem do programa Fantástico revelou que Guilherme Ferreira de Souza, um homem que deveria distribuir doações de água, foi flagrado vendendo a carga destinada à população. Confrontado pela equipe de reportagem, ele admitiu o crime, mas reagiu violentamente, quebrando o equipamento de gravação. Poucas horas após ser preso, Guilherme foi solto pela polícia.

A reportagem, realizada em Canoas, RS, expôs a venda ilegal de água doada por comerciantes e produtores rurais da cidade natal de Guilherme, Piranhas, no interior de Goiás. Francisco Irisvan de Souza, um dos doadores, expressou sua decepção ao saber da atitude de Guilherme: “Por ele ser uma pessoa aqui de Piranhas, a gente imaginou que poderia ser totalmente do jeito certo”, afirmou Francisco, visivelmente chocado.

Durante a investigação do Fantástico, um produtor se passou por comprador e confrontou Guilherme ao pegar a carga. “Não deveria doar esta água?”, questionou o repórter. “Mas ninguém tá pegando. Eu preciso acabar com esta água”, respondeu Guilherme. Quando o jornalista apontou a ilegalidade do ato, Guilherme admitiu: “Há certo ponto, sim. Com certeza. Admito que isto é um crime”.

A situação escalou rapidamente quando Guilherme, ao perceber que estava sendo exposto, danificou a câmera da equipe. A equipe de reportagem registrou uma queixa na polícia, que prendeu Guilherme. No entanto, ele foi liberado poucas horas depois, gerando indignação entre a população e os doadores.

A água, que deveria ter sido vendida, foi redistribuída pela polícia em um centro da prefeitura de Canoas, garantindo que a doação chegasse às pessoas necessitadas.

Este episódio levanta preocupações sobre a integridade das ações de caridade e a necessidade de fiscalização rigorosa para garantir que as doações cheguem aos destinatários corretos. A atitude de Guilherme Ferreira de Souza não apenas prejudicou a confiança nas ações solidárias, mas também destacou a importância de vigilância e responsabilidade na gestão de doações em tempos de crise.