Quem Era o Motoboy que Morreu Atropelado por Motorista de Porsche: ‘Menino Cheio de Sonhos’

Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21 anos, deixa um filho pequeno e uma viúva após acidente com Porsche em São Paulo

Quem Era o Motoboy que Morreu Atropelado por Motorista de Porsche: ‘Menino Cheio de Sonhos’
Pedro Kaique Ventura Figueiredo, um jovem de 21 anos e entregador de comida por meio de serviços de aplicativo, foi tragicamente atropelado e morto na madrugada desta segunda-feira (29) por um Porsche na Avenida Interlagos, na zona sul de São Paulo. O acidente ocorreu quando Pedro voltava da casa da irmã e resultou em sua morte imediata.
 
A vítima, que também auxiliava o pai em serviços de van escolar quando não estava trabalhando, deixa um filho de três anos e uma esposa com quem havia se casado recentemente, em janeiro. A família descreve Pedro como um jovem cheio de sonhos, que trabalhava arduamente para conquistar um imóvel próprio com a mulher. "Estou vendo meu mundo desmoronar", disse o pai, Alex Lúcio Figueiredo, profundamente abalado.
 
O motorista do Porsche, identificado como o empresário Igor Ferreira Sauceda, de 27 anos, estava acompanhado por sua namorada, Marielle Aparecida de Oliveira Campos, que se feriu nas mãos durante a colisão. Segundo o boletim de ocorrência, Sauceda relatou que Pedro, que pilotava uma moto CG 125, teria chutado o retrovisor do veículo, o que teria levado a uma perseguição e, eventualmente, à colisão com um poste e árvores próximas à via.
 
A versão de Sauceda foi corroborada por Marielle, mas a polícia não conseguiu identificar testemunhas e está em busca de câmeras de vigilância na região para esclarecer os eventos. O teste do bafômetro realizado em Sauceda não apontou embriaguez. A Secretaria da Segurança Pública informou que o motorista foi autuado por homicídio doloso (com dolo eventual, quando há intenção de matar) e responderá em liberdade enquanto os laudos periciais estão sendo elaborados.
 
A tragédia se insere em um contexto preocupante, com a capital paulista registrando o maior número de mortes no trânsito no primeiro semestre deste ano desde 2015. Entre as vítimas, muitos são motociclistas e jovens, como Pedro.
 
"Era difícil de se verem. Quando ele tem o final de semana, ele vai para lá (na casa da irmã) para passarem mais tempo. Ele ainda passou lá em casa e falou comigo", relatou o pai, lembrando que o filho era responsável e sempre fazia sua parte. Alex Lúcio Figueiredo também se indignou com a situação, questionando a intenção de matar do motorista e expressando sua dor diante da perda. "A vida do meu filho não vai voltar", disse ele, visivelmente emocional.
 
A família de Pedro continua em busca de justiça, enquanto a comunidade e amigos lamentam a perda de um jovem cuja vida foi interrompida de forma trágica e precoce.

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