Médico é afastado por negar atestado à mãe que levou filho para UPA em Cambé

Ação gera repercussão e levanta questões sobre ética médica e cuidado com pacientes

Médico é afastado por negar atestado à mãe que levou filho para UPA em Cambé

Um episódio ocorrido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cambé, no norte do Paraná, levou ao afastamento de um médico que se recusou a fornecer um atestado de acompanhante a uma mãe que levou seu filho de cinco anos para ser atendido. O caso, ocorrido por volta das 5h desta segunda-feira (20), gerou indignação e preocupação entre os envolvidos e a comunidade local.

Luciana Gonçalves Costa, mãe da criança, relatou que seu filho estava com febre e outros sintomas gripais, e que precisava do atestado para poder ficar com ele em casa. Porém, ao solicitar o documento ao pediatra que realizou o atendimento, foi surpreendida por uma negativa abrupta. "Assim que acabou a consulta, pedi pra ele um atestado, dizendo que precisava apresentar na empresa e na escola, mas ele falou que não daria. Disse ainda que não teria problema da criança ficar em casa mesmo com febre. Me senti desamparada e comecei a chorar", desabafou Luciana em entrevista à RPC.

A situação só foi resolvida horas depois, quando outra médica assumiu o plantão na UPA e forneceu o atestado necessário.

O médico em questão, que trabalha de forma terceirizada na unidade, foi afastado pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (Cismepar), responsável pela contratação dos profissionais. O afastamento veio após uma notificação da Prefeitura de Cambé e, desde então, o consórcio abriu um processo administrativo para investigar o caso.

Além disso, o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) também está apurando a conduta do médico, demonstrando que a questão não será tolerada e medidas serão tomadas para evitar que situações semelhantes se repitam.

Esse incidente destaca a importância do respeito aos direitos dos pacientes e seus acompanhantes, bem como a ética médica e o cuidado necessário no exercício da profissão. A repercussão do caso serve como alerta para a necessidade de uma abordagem sensível e responsável por parte dos profissionais de saúde, garantindo um atendimento adequado e humano a todos que buscam assistência médica.

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